domingo, 10 de outubro de 2021

 Por trás da perseguição dos judeus pela Alemanha na Segunda Guerra, o paranoico e homicida Hitler utilizava como justificativa uma pseudociência denominada de eugenia. Hitler pretendia declarar guerra contra a humanidade, não só com a finalidade de conquistar territórios, mas acima de tudo queria uma verdadeira “guerra biologia” que ao fim e ao cabo iria exterminar, ou melhor, como ele mesmo dizia “purificar” geneticamente o mundo. Sabe-se que Hitler teve um grande aliado na perseguição aos judeus, assim como Henry Ford, um antissemita de carteirinha que inclusive escreveu um livro colocando para fora toda sua virulência racial, outras indústrias e instituições norte americanas contribuíram massivamente para esse fim, ou seja, “purificar” a raça através de uma seleção genética. Mas como começou isso ? De onde surgiu essa ideia ou pseudociência chamada de eugenia ? Em 1863 um inglês chamado Francis Galton, primo de Charles Darwin, desenvolveu uma tese no sentido de que se uma pessoa dotada de talento se casa com outra também dotada de talento, o produto dessa união resultaria em uma pessoa com o talento em dobro. Claro que isso é uma aberração, porém os americanos não pensavam dessa forma, os eugenistas americanos acreditavam que, assim como o talento, os desvios de conduta de um indivíduos eram transmitidos de geração em geração, ou seja, pobreza, prostituição, alcoolismo, criminalidade e etc., eram condições biológicas do indivíduos. Um louco entendimento que você era pobre porque biologicamente você deveria ser pobre e etc. Com essa ideia maluca os eugenistas americanos pretendiam exterminar com os negros, indígenas, hispânicos, europeus orientais, judeus, caipiras, pobres, enfermos ou qualquer que estivesse fora da linha genética considerada como nobre. Para eles, os americanos, a solução era esterilizar todos que estivessem fora dos padrões admitidos, desencadeando com isso, a eliminação da linhagem dos indivíduos que estivesse enquadrado nos grupos acima mencionados. Muita loucura foi iniciada com essa tese, para se ter uma ideia, uma instituição de Lincoln, em Illinois, alimentava seus pacientes com leite de vaca com tuberculose, sob a justificativa de que um indivíduo eugenicamente forte estaria imune a qualquer doença. Em 1915 um médico de Chicago, carinhosamente apelidado de “A Cegonha Negra”, tinha como pratica o assassinato de bebês defeituosos, coisa que era tão aberta e consentida que chegou-se a fazer filmes em Hollywood sobre o assunto. Em outra localidade, meninas consideradas com “forte inclinação sexual”, assim como mulheres que tinham seus clitores ou lábios vaginais anormalmente grandes, eram submetidas a esterilização. Como se não bastasse, a legislação americana, em alguns estados, proibia o casamento entre etnias, assim como era pregada de forma habitual a segregação de pessoas doentes. Um médico oftalmologista chamado Lucien Howe, eugenista de carteirinha, tinha o habito de ofertar a seus pacientes com problemas nos olhos a opção de serem isolados em campos ou esterilizados, tudo para que a enfermidade não fosse perpetuada através de seus descendentes. Por outro lado, nem mesmo a Suprema Corte dos Estados Unidos escapou da onda eugênica. Em 1927 fora prolatada uma sentença em que o Juiz da Suprema Corte Oliver Wendell Holmes autorizou ao governo o direito de esterilizar e acabar com a linhagem sanguínea de pessoas que “não serviam”, decisão essa que teve como sua primeira vítima um morador do estado Virginia, Carrie Buck que, juntamente com sua mãe e filha, foram esterilizados. Tudo isso fora devidamente patrocinado pelas elites norte americanas, com a finalidade de instaurar uma guerra genética expurgando da sociedade pessoas que, segundo seu entendimento, não serviam para nada. Foi a partir dessas ideias que Hitler encontrou todo o substrato para sua odiosa tese da raça pura e do extermínio dos judeus e demais etnias. Muita gente nem imagina, mas aqui no Brasil tal pseudociência fora defendida por ilustres personagem como foi o caso do médico Miguel Couto e Renato Kehl, considerado o pai da eugenia no Brasil. Entre os escritores que defendiam eugenia podemos citar Monteiro Lobato, o qual escreveu em 1926 um livro baseado nas ideias de eugenia “O Presidente Negro – O Choque das Raças” que falava de um homem negro que assumiria a Casa Branca no ano de 2228 e uniria todos os brancos dos Estados Unidos a ponto de esterilizar e exterminar os negros de seu país.

















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 Falando nos Guinle, indico aos amigos o livro escrito por um de seus mais ilustres representantes, Jorge Guinle, o homem que gastou somente 100 milhões de dólares com festas, viagens e mulheres. Jorginho como era afetuosamente chamado por mais próximos, viveu sem nunca ter trabalhados, seus últimos dias viveu de favor no Copacabana Palace, nos deixando em 2004. Jorginho foi um dos brasileiros mais ilustre entre as grandes artistas de Hollywood, tendo se relacionado com várias artistas, entre as quais a antológica Marilyn Monroe e outras mais. Entre suas celebres frase duas que são lembradas por todos que o conhecia: Nenhum playboy de hoje pode ser meu sucessor. Todos têm um grave defeito: eles trabalham” e concluía que: “O segredo do bem viver é morrer sem um centavo no bolso. Mas errei o cálculo e o dinheiro acabou antes da hora". Será que esse carinha não tem história para contar ?




 "Em Conexão Nazista, Edwin Black, revela uma história explosiva, que detalha a conexão corporativa americana que deu à Alemanha de Hitler o instrumental necessário para que o Holocausto saísse da teoria para a prática, o que contribuiu muito para conquistar a Europa, aumentando ainda mais seu poder bélico e sua tecnologia. Black mostra como: - A IBM facilitou a identificação e a destruição acelerada dos judeus; - A General Motors motorizou as forças armadas alemãs, que deu aos nazistas o poder de conquistar grande parte da Europa Ocidental por meio da sua tática da Blitzkrieg, a guerra-relâmpago, e os auxiliou na captura dos judeus em todos os lugares; - A Ford Motors Company inspirou a política de cunho antissemita do regime nazista; - A Fundação Rockefeller financiou a ciência mortal da eugenia e o programa que enviou Mengele a Auschwitz para fazer experiências médicas usando os judeus como cobaias humanas; - O Instituto Carnegie ajudou na proliferação do conceito de ciência racial, leis raciais e ajudou na criação da própria fórmula matemática utilizada para marcar os judeus para sua destruição sistemática que culminou no Holocausto. Uma obra para todas as pessoas interessadas em desvendar os crimes por trás do ditador que deu origem ao pior e mais extremista regime político de todos os tempos: o nazismo, e seu antissemitismo racista." Edwin Black é o mesmo autor do livro que fala sobre o envolvimento da IBM no genocídio dos judeus.






 Lendo o livro do Jim Marrs, conhecido escritor norte americano que se notabilizou por suas controvertidas investigações sobre teorias conspiratórias, defrontei-me com um personagem que já tinha ouvido falar superficialmente, mas nunca tinha atentado cuidadosamente para sua vida. Um personagem emblemático em nossa história universal, um homem que segundo as especulações era um imortal, isso mesmo, literalmente um imortal, surgindo e a reaparecendo do nada entre o século 18 e o século 20. Nascido na Transilvânia em 1696, se notabilizou por seus atributos artísticos e intelectuais, era místico, alquimista, ourives, lapidador de diamantes, cortesão, aventureiro, cientista, músico e compositor, por outro lado, fora considerado um dos homens mais prodigiosos daqueles tempos, chegando a ser admirado por Jean-Jacques Rousseau e segundo Voltaire "é um homem que sabe tudo". Com uma origem altamente discutível, Saint-Germain era considerado por muitos como um imortal, possuidor da capacidade de se manter jovem ao longo da eternidade. Em certo momento, se jactou de sua amizade pessoal com o Rei Ricardo Coração de Leão, Rei Ricardo I da Inglaterra que viveu entre 1157 e 1199, sendo que ao ver sua plateia espantada com sua assertiva, pediu ao seu servo que confirmasse sua relação com o monarca, quando o aquele respondeu: "O senhor se esquece de que eu estou a seu serviço há apenas quinhentos anos". Verdade ou mentira, Saint-Gemain até hoje é conhecido como uma das personalidades mais inigmática de todos os tempos, envolvida em vários eventos políticos ao longo da história, como a queda de Pedro III da Russia e a ascensão de Catarina a Grande. Por fim, Saint-Germain, como se não bastasse, estava envolvido até a medula em muitas sociedades secretas, tais como a maçonaria, sociedade Rosa Cruz, Iluminati, Sociedade Teosófica e muita outras, segundo essas mesmas sociedades Saint Germain teria reencarnado várias vezes, anteriormente, sob a pele de figuras históricas como o Profeta Samuel, Santo Albano, o filósofo grego Proclo, José, pai de Jesus, o mago Merlin, o frade alquimista Roger Bacon, o fundador do Rosacrucianismo Christian Rosenkreuz, o navegador Cristóvão Colombo, o fundador do espiritismo Allan Kardec[carece de fontes], o político inglês Francis Bacon, tendo sido nesta encarnação o verdadeiro autor das obras atribuídas ao dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare. Resolvi compartilhar com vocês essa história, pois achei-a muito interessante e, por certo, ira aguçar a curiosidade dos amigos sobre esse inusitado personagem de nossa história.




sexta-feira, 10 de setembro de 2021

 Lendo um livro chamado "Lutas, Jogos e Debates", de Anatol Rapoport, cheguei a conclusão que não entendo nada de nada. Em determinada passagem do livro, o autor acima mencionado faz uma citação de um sujeito chamado Frank Marshal o qual dizia o seguinte: "Se isto é assim, então ocorrerá aquilo, a menos que haja isto outro, e nesse caso ocorrerá aquilo outro...Mas, por outro lado, se isto for assim ou assado, dar-se-á aquilo, o que leva aquilo outro..." (pág. 10). Parece doideira, mas não é, pois o carinha ai estava estudando um tabuleiro de xadrez, visualizando em sua mente todas as probabilidade de uma jogada, que mal jogada, pode ser mortal. Como não me meto a jogar xadrez, até porque não jogo jogo algum, torna-se difícil entender como funciona a cabeça desses jogadores profissionais. Na política as coisas não são diferentes. Muitas vezes nos deparamos com bravatas, com políticos que falam muito, agem igual a um Robespiere, mas que ao fim e ao cabo acabam como Maria Antonieta, perdendo a cabeça no fio da lamina. Pois bem, a referência não é inoportuna, em se tratando de jogo político, pois aula mais honorável não existe que a de D. João VI, príncipe regente da coroa portuguesa. Muitos o adjetivam como covarde, um fujão que se borrava nas calças só de ouvir falar no tal do Napoleão, porém sua retirada estratégica, consciente ou inconsciente, fez com que o seu pescoço e sua coroa ficasse no devido lugar. O próprio Napoleão disse que foi enganado pelo comedor de coxas de galinha. Como se vê, a estratégia é a alma da política, sendo que, para os reles mortais como eu, muitas coisas são incompreensíveis, pelo que apostar em algo que não se conhece é uma aposta fadada ao insucesso. A bem da verdade, não se deve deixar de cogitar, que muitas vezes os contendores dormem na mesma cama, desfrutam da mesma mesa e combatem somente quando o pano de boca é aberto. Ao fim e ao cabo são apenas atores que fingem serem inimigos para a história ter um enredo mais palatável, pois se não tiver treta o publico fica chateado. Não duvide nada se amanhã esses mesmos contendores estiverem tomando um choppinho na mesma mesa relembrando o quanto é burro o respeitável público. Por essas e outras, doravante quedar-me-ei ao silêncio sepulcral esperando que a farsa seja descortinada e a verdade venha a toda. Feliz sexta-feira para todos.




sábado, 14 de agosto de 2021

 Tenho 55 anos bem vividos, estudei, me graduei e por aí vai, minha vida como estudante foi marcada por uma mescla de inclinação para os estudos e para vagabundagem também, coisa que foi severamente reprimida pela minha rigorosa avó que não deixava barato, metia a porrada mesmo e ponto final. Mas sim, estudei em colégio de "governo", como se chamava antigamente as escolas públicas, naqueles tempos, escola particular somente para os muito abastados ou aqueles sortudos que conseguiam uma bolsa de estudos, como foi meu caso ao sair da Colégio Pinto Marques e ia para o Colégio Santa Maria de Belém, até então colégio particular. O Santa Maria deixou em mim marcas indeléveis, começando pelas amizades que guardo até os dias de hoje como é o caso do querido e dileto amigo Junior Rendeiro e o não menos queridíssimo Issac Serruya que para nossa infelicidade nos deixou, ambos juntamente comigo fazíamos uma tríade inseparável nos idos nos 80. Depois do Santa Maria fui para o colégio Moderno, também como bolsista, lá estudei até entrar na universidade, foram anos muito interessantes em que também não só o conhecimento foi absorvido, mas também a forma de ver a vida com outros olhos. Concomitantemente ao Colégio Moderno, isso estudei em vários colégios ao mesmo tempo, estudei no Colégio Olimpus, que pra mim foi o melhor colégio que já estudei em minha vida em relação a vários aspectos, e também o Ideal em que atuava como "ouvinte", mais especificamente em relação aos cursos de física e matemática, pois nesse período tinha pretensões direcionadas a área de ciência exatas, queria ser militar da Marinha ou da Aeronáutica, mais especificamente do ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, que diga-se, uma das prova de admissão mais difíceis que fiz na minha vida e, por obvio, não passei, na verdade quando olhei a prova cheguei a conclusão que ali o cara tinha que ser realmente um ungido por Deus no quesito inteligência. Depois dessa experiência, fiz CIABA, Engenharia Elétrica e percebi que aquilo não era minha praia, razão pela qual mudei para direito e me tornei advogado, profissão que atuo até os dias de hoje. Em que pese toda essa retrospectiva sobre a minha vida estudantil, na verdade essa postagem é para falar que realmente nem tudo se aprende na escola. Hoje analiso que ali é apenas uma porta para você avançar no conhecimento em busca de sua evolução que se processará com a leitura, isso, ler é o caminho da libertação das correntes da ignorância. Entre as milhares de obras literárias que já li até hoje, nenhuma é tão importante quanto a obra de Laurentino Gomes intitulada "Escravidão". Nela várias falácias que nos são enfiadas na cabeça são colocadas no chão e trucidadas com a verdade que nos deveríamos ser ensinados, sem contar que o livro é uma verdadeira aula de história em que se explica de forma simples e direta o que ocorreu. Especial destaque para o capitulo que trata sobre o termino da dinastia Aviz, com a morte de D. Henrique, irmão de Dom João IIl, avô de Dom Sebastião, "O Desejado", o efetivamente último rei da dinastia Aviz antes de Portugal ser governada por um rei espanhol chamado Felipe I de Portugal (Felipe II da Espanha), o livro faz você entender o que foi a tal União Ibérica e o fenômeno chamado de "Sebastianismo". Então é isso, apesar de minha vida ter sido sempre voltada para o estudo, hoje posso lhes dizer que a pós ler esse livro cheguei a conclusão de que quanto mais eu leio, mas eu me conscientizo que não sei de nada. Uma bela sexta-feira para todos e vamos ler.




 Falando um pouco de um personagem muito interessante da nossa história, Dom Sebastião, "O Desejado", era assim alcunhado por ser o último suspiro de existência da dinastia Aviz. Seu avô, Dom João III, perderá todos os filhos e Dom Sebastião, seu neto, era a última esperança da manutenção dessa dinastia, por isso era chamado de "O Desejado". Dom Sebastião virou rei de Portugal quando tinha apenas três anos de idade, passando a coroa ser regida por sua avó Catarina de Áustria e seu tio avô o cardeal Dom Henrique de Portugal. Dom Sebastião cresceu sobre a influência de uma coisa chamada de Companhia de Jesus e suas guerras de conquista. Tinha aversão as mulheres ao ponto de se recursar a ficar em companhia de qualquer uma, era mesmo aficionado por guerras, passava o dia a e noite pensando em matar os mouros. Aos 24 anos em 4 de agosto de 1578, foi trucidado na batalha de Alcácer Quibir no Marrocos. Dom Sebastião foi tão fustigado, que seu corpo sequer seria encontrado. Em razão de seu corpo não ter sido encontrado, sua morte não foi reconhecida por muitos que defendiam que o mesmo estava vivo e que surgiria algum dia, o que originou o fenômeno chamado "Sebastianismo". Com a morte de D. Sebastião, que não possuía herdeiro, fez com que a coroa de Portugal fosse parar na cabeça de seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, e a morte deste último, em 1580, viria a ter como consequência a entrega do trono de Portugal a Filipe II de Espanha, que era neto materno do rei D. Manuel I de Portugal (bisavô de D. Sebastião), dando origem ao que viria se chamar de União Ibérica.