sábado, 31 de outubro de 2020

 Anos se passaram e a sociedade carioca já totalmente integrada com a evolução dos hábitos sociais, a dança, a bebedeira e o flerte já faziam parte do cotidiano burguês que se formava no final no século XIX. Uma das coisas, ou melhor objeto mais importante que uma mulher naqueles tempos poderia utilizar era o leque. Acessório indispensável, pois nenhuma mulher saia para uma "balada" na época sem o seu leque. Mas porque isso ? Na verdade, o leque era um poderoso instrumento de comunicação na arte de conquistar e ser conquistada. Naqueles tempos a sacanagem não era tão ostensiva, e para que o homem conquistasse alguma dama, a mesma deveria expressar as suas intenções através de movimentos com o leque. Para vocês entenderem que o negócio era sério, o ato de abrir suavemente o leque com a mão esquerda significava que a dama estava afim, na verdade esse movimento significava literalmente a seguinte expressão: "Estou disposta a corresponder seus desejos." Putz, tudo seria mais fácil se não tivessem modernizado nada, por outro lado, se a pretendente levasse o seu leque até o chão, eis que estávamos nos defrontando com um fora, uma pau na testa do pretendente. Ou seja, o pretendente quando chagava na sua gata já não precisava falar muita coisa, pois o leque já tinha feito todo o trabalho.



 Em 1822, com a independência do Brasil, eis que D. Pedro I, um notívago, boêmio inveterado, sempre acompanhado de seu assessor mor para assuntos de putaria, o vulgo "Chalaça". Uma pausa agora, vez que o Sr. Francisco Gomes de Silva, o tal "chalaça", merece um comentário a parte nessa minha série de postagens. Filho de visconde, Chalaça em 1811 foi nomeado por D. João VI para funções palacianas, dentre as quais acompanhar D. Pedro I, que tinha então 13 aninhos, para onde ele fosse. Foi esse dito assessor que acompanhava D. Pedro I em suas jornadas de muita farra, bebedeiras, badernas e etc. pelas noites do Rio de Janeiro. Pois bem, então vocês já sabem, se chamarem vocês de "Chalaça", boa coisa vocês andaram fazendo. Em 1840 a baderna já estava bem evoluída quando então surgiram os primeiros bailes de carnaval animados por orquestras, e aí vocês sabem muito bem até onde vai pagar. Na foto o querido Chalaça, o primeiro incentivados da sacanagem alheia.




 Mas foi exatamente em 11 de junho de 1810 que o Jornal Gazeta do Rio de Janeiro publicou o primeiro anuncio de aulas de dança, mais especificamente de uma dança chamada minueto. De origem europeia, o minueto era dançado separadamente e de forma coletiva, não formando casais, tendo uma estética rococó do século XVIII. Tempos depois, o tal minueto foi desbancado pela falsa, que antes era uma dança de periferia. Só um detalhe, a Gazeta do Rio de Janeiro foi fundada em 10 de setembro de 1808 por D. Joâo VI, lá vem ele novamente, sendo distribuída semanalmente tendo como finalidade ser um canal de comunicação da Família Real Portuguesa. Na foto o primeiro exemplar da Gazeta do Rio de Janeiro. Voltando a dança, com a Revolução Francesa, o minueto cai em desgraça, pois materializava claramente a influencia da monarquia na sociedade, passando a partir de então a valsa ser considerada como símbolo da nova classe social que se formava, qual seja, a burguesia. Uma das coisas interessantes sobre esse estilo de dança, é que diferentemente do minueto, que nada mais era uma forma de submissão de toda uma sociedade ao monarca, a valsa indicava uma nova configuração da sociedade em torno do casal e da família burguesa. Muita gente nem imagina, mas foi a valsa que conseguiu unificar a Europa. Para encerrar esse assunto, a valsa tem origem alemã, seu primeiro compositor foi Carl Maria Friedrich Ernst Freiherr von Weber com a musica de nome Douze Allemandes, e, mais especificamente, com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1747. Na foto o pai da valsa.









 Ainda que não existisse a famigerada internet naqueles tempos, o estilo de vida parisiense se alastrou pelo mundo a fora, chegando a contaminar o Brasil pelos idos da primeira e segunda década do século XX. Obviamente se tem um coisa que a então burguesia brasileira gostava era de vícios, todos, sem qualquer exceção. Bom ou mal, em que pese em Paris esses bas-founds serem frequentados pelo que tinha de pior naquela cidade, aqui esse estilo de vida foi facilmente absorvido pela burguesia endinheirada que estava louca para gastar até o últimos centavos por algumas horas de prazer. Foi nessa toada que se abriram os primeiros salões de dança no Rio de Janeiro. Como era de se esperar, a novidade agradou àqueles que tinha grana no bolso e a sociedade abastada carioca se entregou a dança, como dizia Olavo Bilac "O Rio é idade dança !". A bem da verdade, essa vocação do Rio de Janeiro para dança vem do nosso, mais uma vez, D. João VI. Amante das artes e da cultura, além de criar a Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional), o Jardim Botânico, a Casa da Moeda e o Museu de Belas Artes, também, logo depois de colocar os pés pela bandas de cá, contratou o maestro real (Maestro da Capela Real) Pedro Colona e um professor de dança, o dançarino e coreografo Luís Lacombe que passou a ser denominado "Maestro de Danças da Casa Real", tudo para incentivar a sociedade com os costumes até então difundidos na Europa. Na foto D. João VI, a Biblioteca Nacional, Museu de Belas Artes e o Jardim Botânico.













 Como diz Leo Feijó em seu excepcional livro "a vida noturna é um espelho da cidade e de seus habitantes. Quanto mais vibrante é a noite, mais plurais são a sociedade e a cultura local." Como se vê, a sociedade plural teve sua gênese na noite, porém fica a pergunta: como tudo isso começou ? Segundo vários historiadores, tudo se originou em Paris, em meados no século XIX, em pequenos botecos localizados entre a Quartier Latin e Montmartre. Foi ali que surgiram os primeiros "bas-founds", ou seja, os primeiros prostíbulos, cabarés e para ser menos elegante e mais incisivo, os puteiros. Foi justamente no meio dessa enturrage que surgiu uma expressão muito conhecida por todos chamada de "boemia", cantada em verso e prova pelo saudoso Nelson Gonçalves: "Boemia, aqui me tens de regresso. E suplicante te peço a minha nova inscrição..." Pois bem, essa expressão foi tão definidora das pessoas que frequentavam esses locais que se tornou sinônimo de denominação de "classe social". Então vocês já sabem, antigamente chamar alguém de boêmio já estava definindo muito bem qual era a do cara, ou seja, o individuo era um frequentador da "zona". Quem tiver interesse em conhecer mais essa coisa de bas-founds indico o livro de Dominique Kalifa e Marcia Aguiar (Os bas-fouds - História do Imaginário). Voltando ao nosso assunto central, obviamente que tudo isso se tornou um estilo de vida muito apreciado principalmente pelos poetas, pintores, artistas e intelectuais da cidade luz. Na foto a atual Quartier Latin.




 Para aqueles que me conhecem muito bem, sabem o quanto eu sou amante da noite, um notívago inveterado que iniciou suas andanças pelas noites de Belém em meados dos anos 70, mais especificamente em 1978, quando tinha meus 12 anos de idade. Mas sim, em razão dessa vocação de andarilho noturno, cheguei a ser testemunha de muitas coisas, vi muitas casas noturnas abrirem e fecharem suas portas, vi talentosos artistas serem esquecidos ou mesmo desprezados, assim como personalidades dotadas de uma mediocridade impar serem ovacionados até os dias de hoje. Premido por uma batalha incessante com o tempo, que via de regra nos faz apagar de nossa memoria lembranças de muitos momentos vividos, resolvi escrever um livro sobre a noite de Belém. Essa difícil e árdua tarefa me fez ver que não é tão fácil materializar alguns sonho, pois a realidade que nos defrontamos não é tão cheia de glamour como imaginamos. Depois de mais de uma década, o livro não saiu, haja vista que, na condição de um escritor que conta história e não estórias, seria obrigado a adentrar em caminhos que por certo me trariam uma infinidade de inimigos, coisa que não gosto. Em que pese tudo isso, cheguei a escrever várias dezenas de páginas, coletar algumas milhares de fotos, conversar com uma ou duas centenas de pessoas que efetivamente conheciam a história como ela realmente foi. Tudo isso, obviamente, me fez ser portador de um grande acervo de informações que a partir de hoje irei compartilhar com todos os amigos que me acompanham aqui nas redes sociais. Embora o tema central de minhas pesquisar fosse as noites de Belém do Pará, tive que regredir muito no tempo e no espaço para contextualizar o fenômeno da cultura noturna, uma história que começa exatamente quando o nosso dileto príncipe regente coloca os seu pés em 1808 na então cidade do Rio de Janeiro. D. João VI e sua corte vieram corridas da Europa em razão das tropas de Napoleão. Junto com D. João IV, sua mãe D. Maria (A Louca), sua esposa Carlota Joaquina e mais 15 mil parasitas que viviam as custas da corte portuguesa. Eis que aqui é o inicio de tudo. D. João VI, como príncipe gerente, abriu os portos brasileiros para nações amigas (diga-se Ingraterra) e a elevação do Rio de Janeiro à condição de primeira capital de um império europeu fora da Europa. Foi a partir daí, repete-se, que o Rio de Janeiro inicia a cultura no divertimento, com a abertura dos salões para difusão da musica, da dança e do prazer. Na foto D. João e a corte portuguesa na entrada da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde houve missa comemorativa pela chegada da família real ao Rio. Óleo sobre tela do século XX (Crédito: Armando Martins Viana/Museu da Cidade, Rio de Janeiro)




quinta-feira, 29 de outubro de 2020

 Aos amantes do New Order um disco raro pra voces. Not on label com as seguintes faixa: Blue Monday, Leave Me Alone, When I'm With You, Written-By [Uncredited] – Sparks, 5. 8. 6., Temptation, Everythings Gone Green, We All Stand e Companies. Prensagem americana. Esse disco possui somente 800 cópias no mundo.




Outra raridade é esse bootleg do New Order - "Sat 20 Jun 1981 Funeral Party", lançado em 2012, com as seguintes faixas: In A Lonely Place, Truth, The Him, Procession, Senses, Denial, Everything's Gone Green. Indico esse disco apenas para os colecionadores, pois as gravações são com uma qualidade duvidosa.




Mais um bootleg do New Order - "Grieving In The Shadows". Caso voce encontre esse disco, compre pois ele é muito valioso e uma bela aquisição para coleção. Esse dai é uma prensagem com vinil azul de 2014.








Mais uma filé do New Order - "New Dances". Gravado ao vivo em 26 Janeiro de 1983, em Manchester, UK, na boate The Hacienda. Especial destaque para última faixa do disco Blue Monday ao vivo e absolutamente fiel a gravação de estúdio.



Mais um bootleg do New Order, "Disorderly Live At Glastonbury Fayre Festival 20/06/81". Detalhe importante, a musica mais trabalhada em gravações ao vivo é a "Everything's Gone Green", que inclusive é a última faixa dessa raridade.




New Order - "Chapter III" de 1989, fora de catalogo, duplo com 14 faixa gravadas em estúdio e ao vivo. Especial destaque para as gravações ao vivo de Love Vigilantes e The Perfect Kiss.




Gravado ao vivo na turnê europeia de 1982. Prensagem alemã.


Pra finalizar o "1987".






quarta-feira, 28 de outubro de 2020

 Pra quem tem tendencia a ser vingativo não pode deixar de assistir esse filmaço do diretor Krzysztof Kieslowski. O filme faz parte da trilogia das cores. Na verdade é o segundo filme da trilogia das cores, que retrata os ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade. "A igualdade é Branca" é um drama muito doido em que o personagem Karol Karol leva um pé na bunda de sua esposa francesa a bela Dominique interpretada pela deslumbrante Julie Delpy. Olhado o casal, já dá para ver que ia dar em merda. Dominique além de dar o abra no Karol Karol, deixou o cara mais liso que quiabo. Não vou contar o resto, só vou dizer uma coisa, o tal Karol fica rico e apronta uma puta de uma sacanagem para Dominique que no final do filme leva o farelo. Para quem gosta de se vingar, esse filme é um verdadeiro doutorado na arte de sacanear quem já te sacaneou. O filme é de 1994 e é imperdível.






 Não preciso nem falar que esse é o clássico dos clássicos dos anos 80. Esse filme é antológico em todos os sentidos. Pra começar John Hughes escreveu o roteiro em apenas dois dias e deixou que o resto ficasse a cargo do improviso dos artistas. Não vou fazer comentários sobre a estória, pois duvido se alguém já não tenha assistido essa perola. Meu comentário vai para a intepretação magistral de Matthew Broderick como o filhadaputíssimo Ferris Bueller. O carinha é um patife na enésima potência. Vale destacar também a sensacional cena da parada em que Ferris dança a musica "Twist and Shout" dos Beatles. O filme é tão fidástico que em 2006 foi criado o Ferris Fest e nos Simpsons fizeram o "Bart Simpson's Day Off", em que o garoto da família Simpson relembra o dia louco de Ferris Bueller, faltando à aula junto ao seu amigo Millhouse.





 Indiana Jones que me perdoe, mas nenhum filme de aventura foi mais porrada do que "Os Aventureiros do Bairro proibido". O filme é de 1986 e é uma verdadeira avalanche de tudo que voce pode imaginar de ação. O filme conta a estória de Jack Burton (Kurt Russell), que ajuda seu amigo Wang Chi a resgatar a noiva de olhos verdes de Wang de bandidos na Chinatown de São Francisco. Eles vão para o misterioso submundo sob Chinatown, onde enfrentam um antigo feiticeiro chamado David Lo Pan, que exige que uma mulher de olhos verdes se case com ele para libertá-lo de uma maldição secular. Um dos maiores clássicos dos anos 80.



 Um dos assuntos mais polêmicos relacionados a musica, mais especificamente a musica "disco" é estabelecer qual foi efetivamente o seu marco inicial. Analisando várias referencias, existe uma verdadeira duplicidade de entendimentos sobre duas obras que possivelmente são consideradas como marco inicial da "disco music". A primeira é a musica tema do filme Shaft de 1971 de autoria de Isaac Hayes. A dita musica levou o Oscar de melhor canção original e dois Grammy Awards. Vale salientar que Issac Hayes com a referida musica foi o primeiro afro-americano a ganhar um Oscar na categoria de melhor musica. A outra vertente, diz que o marco inicial é a musica chamada "Soul Makossa", do africano Manu Dibango, lançada em 1972. Ainda que suas origens tenha remontado de 1971 ou 1972, foi efetivamente em 1975 que o estilo pegou corpo com o sucessos como "The Hustle" (de Van McCoy) e o primeiro sucesso de Donna Summer, "Love to Love You Baby" (gravado na Alemanha). No mesmo ano o grupo KC & the Sunshine Band ("Shake your Booty" e "That´s the Way - I Like It"), assim como teve o lançamento do primeiro "disco mix" (música remixada por um disc-jóquei), com a música de Gloria Gaynor "Never Can Say Goodbye", um cover do sucesso dos Jackson 5, informação essa contestada por alguns especialistas.








terça-feira, 27 de outubro de 2020

 Muita gente nem imagina, mas o primeiro disco mixado a bem da verdade não foi "Never Can Say Goodbye", da Gloria Gaynor, mas sim o disco Le Bateau, de Ademir Lemos, como bem informa Cláudia Assef em sua obra “Todo Dj Já Sambou – A História do disc-joquei no Brasil”:

“Com cabeleira black power, Ademir foi o primeno DJ brasileiro a se preocupar efetivamente com a técnica, e não apenas com o repertório. Ficou conhecido como discotecário do Le Bateuau, clube inaugurado em 1965 pelo conde Hubert de Castejá (135 – 1988), um dos pesos pesados da noite carioca ao lado de Ricardo Amaral. Sntes, porém já havia tocado no Jirau, outra boate-restaurante carioca nos anos 60.”
“Ademir também entrou para história ao lançar o primeiro vinil nacional sem intervalo entre músicas – o disco Le Bateau, lançado em 1970 pelo Top Tape. As faixas não eram mixadas, mas coladas umas à outras, formando um sequência de batidas. O disco, com arte de capa caprichada e conceitos musical inédito para uma compilação de DJ, foi um marco no Brasil. (É bom lembrar que os primeiros discos gringos gravados assim, como o clássico Never Can Say Goodbie [1975], de Gloria Gaynor, só seriam lançados anos mais tarde.” (In, “Todo Dj Já Sambou – A História do disc-joquei no Brasil”, Cláudia Assef – 2ª. Edição – São Paulo: Conrad Editora Brasil, 2008, pags 41/42).



 Esse negócio de ser DJ, ou discotecário como se falava nos anos 70 e 80 virou uma cultura, mas fica a pergunta, quem foi que deu o ponta-pé para que tudo isso viesse acontecer ? Muita gente nem imagina, mas foi um cara chamado Francis Grasso o cara que aperfeiçoou a forma de tocar um disco e lançá-lo na batida, a fim de criar uma mistura ininterrupta de música na cena do clube noturno, ou seja, foi ele que inventou a mixagem. Sim, os djs de rádio usaram essa técnica anteriormente, mas não para criar uma mistura contínua de música; além disso Francis começou a prestar atenção na energia e sentimento de cada música e começou a colocar as músicas em conjuntos que correspondiam com a energia que ele estava recebendo dos dançarinos na pista. Quanto mais eles dançavam, mais ele tocava. Embora essas coisas pareçam simples para os padrões de hoje, no final dos anos 60 e início dos anos 70, essas técnicas, juntamente com seu estilo de programação progressista e inovador foram bastante revolucionárias e forneceram a base para os demais discotecários que o seguiram. Tudo feito com LPs de 45s ! Foi o Francis Grasso que inventou a técnica do "Slip-cuing", segurando o disco com o dedo enquanto o prato girava embaixo de uma almofada de feltro e foi também o primeiro dj a tocar com toca discos com pitch. Pra quem não sabe os primeiro toca discos com pitch foram da marca Thorens de origem suíça. Outra coisa, foi através de Francis Grasso que as industrias de equipamento projetaram os primeiros mixes com ajustes de frequência independentes e fone de ouvidos. O cara estava muito a frente.






 Voltando a falar sobre musica, tenho acompanhado desde os anos 70 ate hoje o cenário musical, os anos 70, 80 e 90 foram prodigiosos na criação, nada se compara a essas três décadas, principalmente em termos musicais. Acho muito improvável termos no futuro artistas do calibre de um Barry White, Billy Paul e outros mais. Mas vamos lá, queria falar agora de uma musica que tanto a original como seu remaker são simplesmente sensacionais. "Was That All It Was", originalmente gravada pela cantora Jean Carne. A composição da musica ficou por conta de Marshall Jefferson, Keith Thompson, Jerry Butler, Dexter Wansel, John L. Usry e outros e fez parte do Long Play "When I Find You Love" lançado em 1979. Em 1989 a cantora Kim Mazelle lança o remaker da dita música com uma pegada garage que é simplesmente uma bomba atômica. No áudio a versão da Kim Mazelle. https://youtu.be/4L41cXgjt3I






 Tudo ou quase tudo que se escuta ou se produz nos dias de hoje tem um dedinho ou um dedão da Philadelfia Internacional Records, sendo que algumas produções são tão espetaculares, que depois de mais de 40 anos continuam sendo um sucesso sem precedentes. Entre muitas, tenho que a musica "You'll Never Find Another Love Like Mine", do inesquecível Lou Raws é incomparável. Lírica, suave, melodiosa, com todos os ingredientes das Big Band´s e do Soul Music, fez e faz sucesso até hoje. Uma das coisas interessantes sobre essa musica é que até hoje nenhuma versão conseguiu alterar significativamente a versão original, colocaram algumas batidas por baixo, aumentaram o bpm, mas jamais alguém teve a coração e ousadia de alterar essa obra de arte. A musica foi lançada em 1976 pela gravadora Philadelphia International Records no Long Play "All Things In Time". Lou Raws nos deixou em 2006, sendo que seu acervou vai de 1962, com seu primeiro disco intitulado "Stormy Monday", pela gravadora Capitol Records até 2006 quando gravou o último disco chamado "Full Circle: Sings Gospels". Pra vocês a musica e a capa do disco. https://youtu.be/ClrGrxQD8QA



 Aos amantes da musica, dij´s, colecionadores, acho que todos já assistiram o programa Soul Train da década de 70 apresentado por Don Cornelius. Eis aí a musica de abertura do programa, TSOP (The Sound Of Philadelphia), com o vocal do grupo The Three Degrees que teve entre outras a inesquecível Miguel Brown. A musica é de 1973 e o disco que vocês estão vendo é uma raríssimo 7 inch japonês, sendo que todas as prensagens são em 7 polegadas. https://youtu.be/HR1Pa_mjN4U




domingo, 25 de outubro de 2020

 Hoje acordei muito reflexivo, tipo lavando roupa suja no meu intimo, aí recebi uma mensagem que fui orientado a compartilhar com vocês. Olhando para o passado, vejo que fomos criados para achar que lagrima, dor e morte são coisas negativas, mas não é. O primeiro exemplo é a tão "famigerada" morte. Uma consequência absolutamente inexorável da vida, não adianta, ser lindo, ser rico, ser gênio, ser qualquer coisa, se você nasce, você morre e ponto. Para o pobres materialistas dialéticos que não acreditam em nada além das baboseiras que eles acham que é a mais pura realidade e aos céticos que acham também que o homem é só esse amontoado de carne, músculos e outras coisas que a biologia explica, deixo minhas condolências, pois a existência de vocês é muito pueril. Pra quem não sabe, a morte é o momento de reconstruir o seu lado espiritual, ela vem para lhe libertar da prisão que muitas vezes é o seu corpo, mas não é só isso, vejamos um caso, uma estória que ao ser vista com calma nos afeta profundamente. Um filme que parece ser inofensivo, mas acaba por enviar uma mensagem que vai dissipar os temores pela morte que tanto habitam o seu ser. No filme "O Homem Bicentenário", conta a estória de um robô que de tão perfeito que é acaba adquirindo os sentimentos que o ser humano tem, após passar duzentos anos, vendo e sofrendo com a partida de cada uma pessoa que ele amou muito, ele chegou a conclusão que a morte é uma das grandes dadivas do ser humano, "Andrew", como ele era chamado, vai a um tribunal para que fosse reconhecido como ser humano e para ter o direito de ser "desligado". "Andrew" queria ser um ser humano em sua plenitude, com direito a morrer, como qualquer ser humano. A outra coisa interessante é a dor. Muita gente nem imagina que Deus colocou a dor no homem para que lhe salvasse da morte prematura, a dor é o maior e mais bem sucedido médico que se poderia ter, sem ela você jamais saberia que seu corpo não estaria bem, é a dor que lhe alerta que algo estranho está acontecendo em seu corpo, sem a dor você jamais conseguiria sobreviver. Por fim, as lágrimas, liquido precioso que muitos desprezam, a lágrima é o maior calmante que você poderia imaginar, eles é a forma que a alma criou para jogar suas aflições para fora, nada pode ser mais eficiente nos momentos de tristeza, amargura, sofrimento do que as lagrimas, chorar é o desabafo da alma e as lagrimas servem como o rio que transporta o sofrimento que tanto lhe machuca, um grande e irremediável remédio para alma. Estão vendo, olhem as coisas sempre pelo lado positivo, nada que existe ao ser redor é por acaso, tudo tem uma finalidade de existir, até as coisas mais improváveis tem o seu lado positivo. Essa é uma mensagem daqueles que nos guardam sem que você perceba. Deus no coração sempre.











Vivemos no cansativo mundo dos patrulheiros ideológicos que inventaram a máxima do "politicamente correto", a grande chatice do século XXI. Em que pese tal chatice ser abonada pela mídia aparelhada, começa-se a ver que isso tudo está cansando até aqueles que antes chancelavam a cretinice dessa galera progressista que nos últimos dias vem espumando pela boca de tanta raiva com o que se tem dito e escrito pelo mundo a fora. A primeira estocando sem dó nem piedade, nessa galera que vive no mundo de Alice, foi a declaração da eterna global Gloria Maria que afirmou com todas as letras que esse negócio de "politicamente correto" é chato pra porra e na visão dela ser "politicamente correto" é ter pureza de caráter. Palavras como essas demonstram que a farsa do ideário progressista já não encontra sustentação no meio artístico, ou seja, até eles não estão suportando o patrulhamento insensato e irreal dessa turba de hienas raivosas que veem maldade em tudo que não rima com suas falas e gestos nauseabundos. A outra estocada foi protagonizada pela J.K. Rowling, aquela escritora bilionária que escreveu a antológica saga do Harry Potter. J.K. Rowling passou a ser hostilizada pela galera progressista por ter introduzido em sua nova obra um personagem que se vestia de mulher para cometer crimes. Putz, a galera do politicamente correto e do "nos podemos tudo e vocês só fazem o que nós queremos" entrou em verdadeiro colapso alegando que a tal obra "Troubled Blood" era uma afronta a turma LGBTQI… ― Et Al. Pois bem, J.K. Rowling cagou e andou para essa galera maluca e publicou o livro assim mesmo, com o dito personagem travestido, mesmo sendo criticada, ameaçada, suas obras anteriores queimadas e tudo mais que a patota gosta de fazer. Mas o pior ainda estava por vir, o tal livro, tão odiado pelo Dream Team progressista, é um sucesso absoluto na terra da rainha. Um surto a mais para galera progressista que enche a porra do saco com as besteiras que tanto defendem. Por fim, não vou deixar de falar sobre a impagável imagem da comuna de boutique Manuela D´avila fazendo campanha se disfarçando de Michelle Bolsonaro, essa foi o ponto culminante da cretinice da esquerda no nosso país chamado Pindorama.



 

 Estava lendo sobre um assunto que vem sendo muito discutido principalmente nos Estados Unidos que é o tal movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam). Muita gente pelas bandas de cá ainda não teve acesso as informações de quais são as reais pretensões desse mais novo "bem" intencionado grupo que está na moda. Inicialmente fiquei sabendo que esse movimento tem como bandeira a garantia do direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade para todos os americanos, especialmente os historicamente prejudicados afro-americanos. Até aí tudo bonitinho, porém a face oculta das coisas se manifesta nos seus lideres que estão por trás dessa galera que adora ser manipulada. O tal movimento nasceu em 2013 com a absolvição de George Zimmerman que teria assassinado Trayvon Martins e a partir daí o negócio pegou proporções incontroláveis. Olhando bem de perto, passei de desconfiar da atitude dos anti-racistas do movimento, pois se comportavam como racistas, inclusive contra os seus próprios irmãos de cor. Desconfiança a parte, fui em busca da informação sobre a real lider do movimento e eis que me defronto mais uma vez com a danada da ideologia de esquerda por trás de tudo. Li umas coisas estarrecedoras que me parecem que fazem parte de um mundo irreal, mas que na cabeça dessa galera é o objetivo maior a ser atingido. Em entrevista efetivada em 2015, Patrisse Cullors, uma das lideres do movimento, afirmou que ela e sua companheira Alicia Garza são marxistas treinadas, com vínculos estreitos com nada mais, nada menos o ditador Marxista da Venezuela, Nicolas Maduro. Até aí nada de se espantar, pois esses malucos estão por todo lugar, porém, o que começou a meter medo são os sub-grupos que se formaram depois desse movimento começar a ficar forte e rico. Vejamos aqui o caso bem legal para vocês sentirem o drama, vejamos aqui a tal M4BL (Movement for Black Lives), esse daí pede a abolição da policia e das prisões, querem implantar uma tal "descriminalização retroativa" e a liberação imediata de todos os crimes relacionados ao trafico de drogas, prostituição e outras coisas que o crime organizado adora fazer. A última delas foi lançar a tal rasteg #DefundthePolice (desfinancie a polícia), ou seja, eles não gostam mesmo da polícia, assim como defendem a pauta grammsiana da eliminação do elemento básico da sociedade que é a família. Ou seja, mais um movimento marxista travestido com a bandeira de direitos humanos. Como dizia minha avó, sempre desconfie de gente que demonstra ser muito bem intencionada.




 Uma das pautas do momento é que hoje começa o famigerado bloqueio da plataforma do facebook nas live´s de musica. Como todo mundo sabe, com a pandemia esse tipo de evento tornou-se viral e acabou por criar uma nova modalidade de apresentação dos dj´s pelo mundo, sem contar que possibilitou a muitos que não tinham espaço, disputar com os grandes dj´s a audiência do publico em geral. Tive oportunidade de ver e ouvir, dos mais importantes dj´s como Bob Sinclair, aos até então desconhecido, apresentações sensacionais que mudaram em muito o conceito daquilo que era discotecar. Obviamente que o sucesso de uns causa desconforto a outros, as gravadoras e as rádios convencionais começaram a ver que o seu protagonismo estava indo para o espaço, então veio a pressão junto as plataformas, sempre com a justificativa de preservar os direitos autorais dos artistas. Pois bem, certo ou errado, tenho visto que esse cabo de guerra facilmente poderia ser resolvido se as plataformas entrassem em acordo com as gravadoras para resolver a pendenga, porém não foi isso que eles resolveram fazer, resolveram, ao invés de curar a doença, resolveram matar o paciente acabando com o que poderia ser a salvação desses profissionais tão afetados pela pandemia. Justo ou não, isso é uma avaliação que cada um deve fazer, mas o certo é que grande parte das musicas que tanto as gravadoras tenta preservar da utilização indevida, somente se tornaram sucesso nas mão dos dj´s. Hoje e já há algum tempo, o mercado fonográfico é salvo pelos dj´s e produtores que batem cabeça para maquias as porcarias que o mercado fonográfico vomita diariamente, sem contar que eles, os dj´s, é que fazem e acontecem para que as musicas sejam tocadas e a partir de então seja objeto de consumo pela grande maioria de ouvintes. Hoje, se não fossem os dj´s, quaisquer que seja, dos mais desconhecido aos mais famosos, as musicas não chegariam aos ouvidos de muita gente. Lembro bem no final da década de 70 que a banda Kraftwerk só era conhecida pelas bandas de cá porque tocava em algumas aparelhagem em Belém. Embora a versatilidade trazida pela internet tenha proporcionado uma serie de facilidades em todos os segmentos, ainda sim, a divulgação de material musical dependente muitos dos profissionais que se matam para que determinadas musicas virem sucesso. Acompanho isso a muitos anos e sei do que estou falando. Acho que tudo isso é um tiro no pé. Imaginemos a hipotética situação em que os dj´s como resposta parassem de tocar as musicas que as gravadoras insistem em criar problemas ? Seria uma caos obviamente. Lembro na década de 80 um caso com a banda The Smith em que as rádios da Inglaterra e os dj´s se recusaram a tocar um dos discos da referida banda em razão de uma musica que dizia "enforcar os dj´s", resultado, o disco foi um verdadeira catástrofe de vendagem. Acho que o caminho obtuso usado não vai ajudar em nada, deveria sim, fazer o contrario, monetizar as grandes apresentações, aquelas live´s que conseguem atingir números estratosféricos de ouvintes, live´s com o potencial de divulgação muito maior do que qualquer outro mecanismo até então utilizado. Como sempre, ao invés de acabarem com a doença, mataram o paciente. Uma boa quinta para todos.

Apenas em complemento, o disco do The Smith falado foi o Panic, de 1986, que conclamava seus fãs a enforcarem os DJs das rádios que não tocavam músicas que tinham a ver com suas vidas. Poucos meses depois, a letra inspirou um fã incondicional a tentar invadir uma rádio americana, em Denver, para manter o DJ como refém, obrigando-o a tocar repetidamente as músicas dos Smiths. Essa história ganhou status de lenda urbana e o sequestro radiofônico até inspirou a trama de uma comédia, “Os Cabeça-de-Vento” (1994).





 Quem conhece um pouco de história deve já ter escutado sobre as peripécia de um personagem chamado Napoleão Bonaparte. Entre as características deste personagem que se alto proclamou imperador da França em 1804, era seu apetite vorás por obras de arte e antiguidades. Nas batalhas por ele conquistadas sempre o espólio eram as obras de arte pertencentes a quem quer que seja. Entre elas, destaco essa excepcional pintura intitulada "Casamento em Caná", de Paolo Caliari, também conhecido como Veronese. Napoleão subtraiu essa obra do presbitério do monastério de San Giorgio Maggiore, em Veneza, local em que a mesma repousou por 235 anos antes de ser levada. Um grande detalhe dessa obra é sua grandiosidade em todos os sentidos, a mesma possui 10 metros de comprimento por 7 de altura. Ela é tão gigantesca que os soldados de Napoleão precisaram corta-la ao meio para leva-la para França.




Outra obra emblemática expostas no Museu do Louvre é uma escultura chamada Vitória de Samotrácia, esculpida em 190 a.C. Essa escultura possui nada menos que 2,5 metros de altura, ela representa Nike, a deusa grega da Vitória. Encontrada pelo arqueólogo francês Charles Champoiseau em abril de 1863, a mesma desde então repouso no Louvre. Apenas para finalizar, o tenis Nike, que todo mundo conhece, tem esse nome em homenagem a essa deusa, que personificava além da vitória, a força e a velocidade. Quanto ao símbolo do tênis Nike, o mesmo representa uma das asas dessa deusa de acordo com uma escultura em bronze que também encontra-se exposta no Louvre.






 Como tudo tem duas faces, o drama e a comédia são espíritos do mesmo corpo, assim como Dom Quixote, de Miguel Cervantes e "O Incrível Exército de Brancaleone" de Mario Monicelli. Todos os enredos tratam de forma dramática e cômica a ilusão como pano de fundo. Enquanto Dom Quitoxe lutava contra os moinhos de vento, Brancaleone brandia sua espada na tentativa de se passar por um cavaleiro para se apossar do feudo de Aurocastro. Uma luta, sem luta, uma história em uma estória, nada real, tudo fantasia vindo das mentes inventivas daqueles que fazem da desgraça, ou melhor, da peste, fome e guerra que marcava a crise do século XIV, os grandes vilões daqueles tempos. Tempos passam, mas a ilusão e a mentira continua ser a arma de muitos, ou melhor dos covardes como dito por Henrique Gondim. Para Helio Gurovitz "no meio digital, já está claro há anos que a mentira tem pernas mais longas que a verdade" principalmente na arte de fazer política, a mentira está diretamente ligada a política como o gelo a água. Quando se fala em mentiras, cibernéticas ou virtual, o agente propagador da falsa verdade está apostando no ingrediente básico, a alienação, ou melhor, na incapacidade do receptor analisar de forma critica aquilo que está sendo divulgado, contudo, para nosso desespero, nossa combalida sociedade é permeada, muito permeada, diga-se de passagem, pelos agentes alienantes. Ao longo dos anos, muitos regimes trabalharam a mentida de tal forma que ela se tornou uma das, se não a peça principal do sistema de manipulação, muito mentira é dita, de forma indisfarçável, gritante e descarada e isso sem duvida é justamente para pegar os incautos e desavisados. Quando alguém vai a público falar que não crê em Deus, e mais tarde se posta em uma igreja como se praticante fosse, quando o individuo com vários processos se alto intitula honesto, quando se disfarça, ou se faz de conta que o passado público e notório não existiu, tudo isso é a face mais descarada da mentira, pronta para pegar o descuidado. Li recentemente uma passagem de uma amigo dizendo para que não se escrevessem textos grandes, para sermos diretos, isso reflete bem a psique no brasileiro, não leia, apenas escute, não pense, deixe os outros pensarem por você, repita a mantra, reverbere a mentida até que ele se torne verdade, faça do Dom Quixote e do Brancaleone se tornarem reais, isso que eles querem, de ambos os lados, que você torne a fantasia que eles pregam em realidade, é isso, apenas isso que eles pretendem.

 George Orwell falava a tempos outrora que "o mal de quase todo esquerdista desde 1933 foi ter querido ser antifascista sem ser antitotalitarista." Verdade absoluta a parte, lembremos-nos do esquerdopata, sectário e confuso Jean Willys dizendo que o povo não tem capacidade de participar das decisões desse país. Mas vamos lá, a visão imoral da esquerda, através de seus intelectuais de plantão, demonstra que suas falácias são mera ferramentas para atingir seus interesses. Muito legal é ver o Chico Buarque de Holanda homenageando as vitimas de 64, mas esquecendo obsequiosamente os mortos e desparecidos na ditadura comunista cubana. Nunca vi o Chico fazer uma canção melosa para tais vitimas, na verdade sua contribuição artística teve como beneficiado o Carlos Mariguella, terrorista contumaz, que diga-se de passagem, até hoje é lembrado nos morros do Rio de Janeiro pelos traficantes guerrilheiros de plantão. A bem da verdade, o comunismo caiu, mas as mentes de ontem continuam a insistir nos mesmos mantras até hoje, sendo que com argumentos diferentes, pois o modelo marxista-leninista tradicional, que foi jogado no escoto pelos comunistas do leste europeu, foi substituído pelo multiculturalismo da escola do novo marxismo Gramsci-frankfurtiano, que estabelece uma interpretação absolutamente sectária na sociedade em que as classes originais em luta, quais sejam os proletários e os burgueses, foram substituídas pela luta multicultural, tendo como parâmetros raça, sexo, gênero, preferencia alimentar, ou seja, houve a multipolitização da ação humana. Hoje determinado individuo não é mais apenas um gay, hoje ele é um combatente LGBT contra a perversa "heteronormatividade". Nessa balcanização cultural, os indivíduos de cada grupo ou "coletivo", passam a exigir suas respectivas representações politicas, ressaltando de forma estridente suas diferenças. O principio da igualdade, insculpido na Constituição, tornou algo reacionário, algo politicamente incorreto e o multiculturalismo social trouxe junto com ele a defesa da superioridade moral de cada grupo em relação a sua antítese, sempre suscitado para justificar a sua raiva e ira a condição de vitimas históricas de alguma coisa, como bem salientou Bruce Bawer "a revolução das vítimas". Hoje cada coletivo, ou núcleo de gênero, reivindica a reparação por ser vitima de alguma coisa, sou vitima porque sou gay, sou negro, sou gordo, sou vegetariano e ai vai. A bem da verdade, os iguais se tornaram vilões, numa sociedade multicultural chata pra caralho que vê mal em tudo, menos nas merdas que eles falam. Por fim, deixo registrado, que sou igual ao gay, ao negro, ao gordo, ao vegetariados, sou gente, nada mais nada menos.

 Hoje tenho duas linhas de pensamento para compartilhar com os amigos, uma delas é sobre a tal vacina, fruto de uma polemica e queda de braço entre um governador e um presidente e a outra é sobre uma repórter que faz parte de um programa jornalístico atualmente em exibiçao. Então vamos lá, o governo Dória, um dos indivíduos mais nocivos que política poderia ter criado, está tentando a todo custo que o governo federal financie a compra de milhões de doses de uma vacina feita na China e o que é pior, quer que a vacinação seja obrigatória. Em contrapartida, o presidente, com a sua delicadeza de paquiderme em uma sala cheia de cristais, já falou que não vai comprar a tal "vacina chinesa". Quem acompanha a trajetória política do atual governador de São Paulo sabe muito bem que ele têm interesses muito além de querer imunizar a população do estado que governa, sabemos muito bem, que logo ao ser eleito prefeito, passou a manter estreitas relações comercial com a China, fato esse que é um sério indicativo que sua preferencia pela referida vacina, desprezando todas as outras opções, nos parece ser uma atitude pra lá se suspeita. Quanto a vacina em si, tudo indica que a mesma é bastante duvidosa em relação ao fim pretendido. A bem da verdade, seus efeitos colaterais, informados pelo próprio laboratório fabricante, é o sinal indicativo que a mesma pode ser mais prejudicial do que benéfica em uma suposta vacinação em massa. De acordo com alguns médicos que tive oportunidade de assistir entrevistas, a referida vacina possui 5,37% de possibilidade de desencadear efeitos colaterais. Parece pouco, mas se levarmos em consideração a vacina da pólio, esse percentual de efeitos colaterais cai para 0,05%, ou seja, a vacina chinesa tem um potencial 100 vezes maior de desencadear efeitos colaterais no paciente. Outro detalhe importante que também enseja sérias suspeitas é o tempo que fora utilizado para criar essa tal vacina. Só para voces terem uma ideia, o recorde em criação de uma vacina pertence ao microbiologista Maurice Hilleman que descobriu a vacina contra a caxumba. Foi esse mesmo microbiologista que descobriu as vacinas contra sarampo, caxumba, hepatite A, hepatite B, varicela, meningite, pneumonia e a bactéria Haemophilus influenzae. Contudo, em que pese a super espertise de Maurice, ele demorou 4 (quatro) anos para que a tal vacina contra caxumba fosse criada, sendo esse o recorde na criação de uma vacina até os dias de hoje. Por outro lado, estão discutindo sobre o uso de uma vacina que sequer fora certificada pelos órgãos de inspeção sanitária. Outro ponto é a sua obrigatoriedade. Não vou entrar na analise jurídica, pois me parece que somente essa premissa seria o suficiente para obstar essa ideia de vacinação compulsória, porém vou recordar um episódio histórico ocorrido em 1904 no Rio de Janeiro chamado de "Revolta da Vacina", que foi um motim popular contra uma lei que obrigava a toda população a se vacinar contra a varíola. Claro que a lei foi revogada quando viram que o negócio não iria acabar bem, como não acabou. Pois bem, fica esse pequeno comentário, quem tiver interesse em discutir sobre o assunto, fiquem a vontade para comentar, sendo que, respeitando o posicionamento de cada um. Qualquer comentário desrespeitoso será imediatamente apagado. Por fim, e relação a repórter, fica para outra oportunidade. Um belo sábado a todos.



 Quem gosta muito de história e quer se hospedar em um lugar bastante diferente vá ao The Queen Mary Hotel, isso mesmo, o transatlantico virou um hotel que fica fundiado em Long Bech na California. Em 1967 a embarcação foi retirada de serviço e posta à venda sendo arrematada pala cidade onde se localiza atualmente por R$ 3 milhões e 450 mil dólares, uma bagatela levando-se em consideração que possui uma enorme quantidade de obras de arte e possui o dobro do tamanho do Titanic. Pra quem não sabe, foi nesse navio que parte da operação do Dia D, ou seja, a invasão da Normandia, fora planejada. Um lugar cheio de historias para contar e para se viver.






 Falando um pouco de coisa boa, quando os amigos forem a Suiça e estiverem com o bolso cheio de grana não vão esquecer de se hospedar no hotel The Dolder Grand em Zurique. Simplesmente senacional. No hotel existem mais de 130 obras de artes expostas que vão de Salvador Dali e Andy Warhol.