domingo, 1 de novembro de 2020

 O Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, mas nem sempre foi assim, se é que é. Quem realmente meteu o bicho foi um cara chamado Pereira Passos. Esse carinha foi prefeito do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no período de 1902 e 1906, então nomeado pelo presidente Rodrigues Alves. Mas vocês devem estar se perguntado: o que tem haver o tal Pereira Passos com a história da noite ? A resposta é: mais do que vocês imaginam. Pereira Passos, juntamente com Lauro Müller, Paulo de Frontin e Francisco Bicalho, promoveu uma grande reforma urbanística na cidade, tudo com o objetivo de transformá-la numa capital nos moldes franceses, conforme as ideias do Barão Haussaman, então prefeito de Paris. Pereira Passos fez tanta reforma no Rio de Janeiro que sua gestão foi jocosamente chamada de "Bota-abaixo". O cara saiu demolido tudo, até morro o cara demoliu. Mas entre os grandes feitos do Pereira Passos o mais relevante para nossa história foi o lançamento em 1903 do concurso para apresentação de um projeto para construção do Teatro Municipal. Os vencedores do projeto foram os arquitetos Oliveira Passos e Albert Guilbert. A obra deveria se parecer com a Opera de Paris, sendo concluída sua construção em 1909 e inaugurado por Nilo Peçanha. na realidade o que nos interessa não é o Teatro Municipal em si, mas sim o restaurante que ficava no subsolo que somente foi aberto ao público em 1911. O restaurante Assyrio foi o ponto de inflexão da noite carioca a partir de 1915. Lá, grandes bailes foram realizados, festas de carnaval, exibição de grandes nomes do meio artístico musical, como era o casa do Pixinguinha. O bar era um verdadeiro palácio Egípcio. Para não ficar muito grande, conto pra vocês em outra postagem a história desse excepcional local. Nas fotos, Pereira Passos, o Teatro Municipal e o restaurante Assyrio.












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