segunda-feira, 23 de novembro de 2020

 Esse negócio de apelido é um caso sério, eu mesmo tive uns apelidos meios escrotos, sendo que um deles me persegue até os dias de hoje, porém não estou aqui para falar de mim, estou aqui para falar dos nossos amados políticos. Certa vez estava lendo um livro de história do Brasil e eis que me deparo com o apelido do presidente Castelo Branco, "Quasimodo", putz, passei horas imaginando aquele personagem do livro Notre-Dame de Paris, da autoria de Victor Hugo. Ainda que outrora o primeiro presidente do regime militar fosse um cara feio pra porra, não conseguia detectar a semelhança com o corcunda de olho torto da obra de Victor Hugo. Apesar de grande malabarismo intelectual não consegui encontrar a semelhança. Passados alguns anos tive a oportunidade de comprar um livro muito legal chamado "Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República" e eis que novamente me defronto com o apelido do Castelo Branco, acrescido de mais um "Cearense". Eis que comecei a imaginar o Castelo Branco, corcunda, com o olho torto, igual daquele pilantra do Nestor Cerveró, e cabeça chata. Não consegui imaginar esse ser, porém, depois de ler o livro acima, consegui entender a razão do apelido, pois Paulo Schmit metaforicamente explicou o porquê do apelido de Quasimodo. Eis que ele diz sobre o nosso personagem: "Com a morte de Castelo Branco, a humanidade perdeu pouca coisa, ou melhor, perdeu coisa alguma. Com o ex-presidente, desapareceu um homem frio, impiedoso, vingativo, implacável, desumano, calculista, ressentido, cruel, frustrado, sem grandeza, sem nobreza, seco por dentro e por fora, com coração que era um verdadeiro deserto do saara." Ou seja, Castelo Branco era um Quasimodo por dentro.






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