terça-feira, 9 de março de 2021

 Como meu dileto, carismático e simpático amigo

Ruy Oliveira

vai promover uma super festa com o nome "Disintegration", em homenagem a grupo inglês The Cure, peço licença para fazer um breve comentário sobre essa tão cultuada banda dos anos 80. Acho eu que do rock inglês o The Cure foi o primeiro que me seduziu quando ainda era DJ do Circulo Militar. Obviamente que iniciei esse culto a banda com a antológica "Boys Don't Cry" lançada em 1980 no álbum homônimo. New wave e pós punk, conceitos que humildemente confesso que não sabia o que era, tocava essa eletrizante musica sem saber que por trás das letras do sedutor Robert Smith existia na verdade uma parada pra lá de sombria. A bem da verdade Robert James Smith e seu amigo Laurence "Lol" Tohurst, ainda quando adolescentes, em uma cidade escrota na Inglaterra chamada Crawley, putos da vida por não ter nada a fazer, resolveram fazer uma banda de rock com uma pegada meio que soturna. Em 1977 surgiu o embrião do grupo, uma banda chamada Easy Cure que foi contratada pela gravadora alemã Ariola/Hansa. O negócio obviamente não deu certo, pois Robert Smith quando pisou na gravadora ficou sabendo que ela na realidade seriam tipo uma banda cover. Obviamente que o tempestuoso Robert Smith mandou o dono da gravadora para puta que o pariu e rompeu o contrato no mesmo dia que foi assinado. Depois desse inicio não muito otimista, a banda se lança com o nome que todos conhecem até hoje com o primeiro álbum de nome "Three Imaginary Boys" que tem em sua capa um abat-jour, geladeira e um aspirador de pó, coisa do maluco do Smith que, já possuído pela sua inesgotável capacidade de consumir drogas, acabou por bolar essa obra de arte visual. Robert Smith era maluco, coisa que não é muito dificil de se conceber, porém sua maluquice exponencial pode-se dizer que foi potencializada pelas péssimas amizades, entre elas a de um tal de Steven Severin de uma outra banda meio maluca e gótica chamada Siuoxei And The Banshes. A dupla consumiam drogas parece duas crianças comendo MM, putz, os cara viravam o bicho e passavam a noite inteira se drogando, tomando birita e, pasmem, assistindo filmes de terror, chegando até, em determinado momento de quase lucidez, a gravar uma obra chamada Blue Sunshine. Pois bem, Robert com suas maluquices turbinadas pelas drogas e por suas companhias, fez com que a banda fosse aos trancos e barrancos, com muita pancadaria e cagada toda vez que terminava a gravação de um álbum ou de um show. Esse clima se agravou com o lançamento do disco Pornography considerado como o disco mais sombrio da banda, o qual não teve uma boa aceitação do publico, chegando ao ponto de Robert Smith e o baixista Simon Gallup sairem pra porrada com o público em uma apresentação. Finalizando a postagem, pois essa banda tem muita história para ser contada, o álbum Disintegration lançado em 1989, vendeu 3 milhões de cópias, recebendo um duplo de platina e colocou nas paradas os singles "Lullaby" , "Lovesong" , "Pictures of You" e "Fascination Street" (lançada somente nos EUA). Destaco a musica "Lovesong" que resume tudo de melhor do The Cure. Os fatos aqui narrados fazem parte da biografia escrita por Jeff Apter chamada (A História do The Cure - Nunca é o Bastante." lançada em 2015.













omo não gosto de deixar nada pela metade, falando do The Cure fiz uma referência sobre a relação meio que maluca entre Robert Smith e o Steven Severin, sendo este então integrante da banda Siuoxei And The Banshes. A dupla, entre o consumo quase olimpico de drogas e a sua paixão por filmes de terror, acabaram por criar um grupo chamado The Glove, lançando em 1983 o álbum chamado Blue Sunshine, com uma pegada indiscutivelmente estilo The Cure misturada com synthpop. O projeto ficou somente nesse disco mesmo, mas quero dizer a vocês que a musica Mr. Alphabet Says é muito legal, com seus toques acústicos com um irreparável violoncelo e violinos entremeados com o lirismo nunca visto na voz do Robert Smith. Pode-se dizer que seria uma especie de The Cure sempre acústico e nem tanto soturno e com uma pitada de Depeche Mode e coisas mais que fizeram e aconteceram nos anos 80.





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